O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), Antônio Moraes falou ao programa Liberdade Sem Censura na manhã de terça, dia 19, sobre a decisão da diretoria em pedir seu afastamento.
Ele contou que, em reunião da diretoria, sete diretores votaram pelo seu afastamento e seis votaram pela manutenção do policial no cargo. A alegação é de que Moraes estaria usando indevidamente recursos do sindicato.
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Moraes diz que cabe à categoria
decidir ou não pela seu afastamento
(Foto: Portal Infonet) |
Questionado pelo radialista George Magalhães se as acusações procedem, Moraes disse que prefere primeiro discutir com a categoria. “Sobre essas denuncias, eu prefiro, antes de falar com imprensa e opinião pública do estado, conversar com os policiais em assembléia, olhando nos olhos”, explicou ele.
A Assembléia Geral da categoria que vai votar pela destituição ou não de Antonio Moraes será na segunda, dia 25, no auditório da Academia de Policia (Acadepol). Moraes disse que espera a presença em massa dos policiais na assembléia, para que a categoria possa ouvir todas as versões.
Questão interna
Moraes descartou que essa ação seja fruto de alguma interferência externa no sindicato. “O certo é que já existe um racha no sindicato há algum tempo e algumas pessoas não querem ver minha figura continuando na presidência”, destacou ele. O policial ainda eximiu a diretoria de qualquer motivação ou métodos obscuros.
“Essa oposição que briga é também leal. Ela nunca teve a intenção de difamar a minha imagem, isso eu tenho que reconhecer em público. Mas um grupo de cinco ou seis pessoas tenta causar um embaraço, acusando de que haveria desvio de dinheiro. Não existe nenhuma autoridade ou grupo político por trás desse grupo. Pode ser que apareça algum oportunista, mas isso não acontece no momento”, avalia Moraes.
Em todo caso, o presidente destacou que cabe á categoria julgar as informações. “Quem deve apontar em última análise se houve excesso é o dono do dinheiro, os policiais que estão filiados ao sindicato. Se esse conjunto de pessoas não entender dessa forma, serei destituído Meu cargo está nas mãos de quem me colocou lá”, disse Antonio Moraes.
Em nota, a diretoria do Sinpol procurou dar explicações públicas sobre esses acontecimentos. Veja o teor da nota divulgada pelo sindicato:
Nota de Esclarecimento - SINPOL Sergipe: Quem conhece, confia!
O Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe vem através dessa Nota explicar os últimos acontecimentos ocorridos em face da destituição do então presidente do sindicato, Antonio José Almeida Moraes.
Em um processo de investigação feita pela direção do SINPOL Sergipe, foram detectadas diversas irregularidades que apontam o uso indevido das finanças do Sindicato por parte do Sr. Antonio Moraes, o que culminou com o desligamento do cargo de presidente, decisão esta tomada pela maioria dos dirigentes que compõem o SINPOL Sergipe em reunião realizada na última sexta feira, dia 15 de julho, na sede da entidade.
Com vistas a discorrer sobre os detalhes que definiram esta tomada de decisão, o SINPOL Sergipe convoca todos os filiados a comparecerem na próxima segunda feira, dia 25 de julho, a partir das 16h, na Academia da Polícia Civil, para a realização de uma Assembléia Extraordinária que terá como fim a exposição de todos os fatos que nortearam o referido afastamento.
Na certeza que a nossa instituição passará por toda essa turbulência forte e unida, a diretoria do SINPOL Sergipe reitera os valores de confiança e honestidade que o fizeram grande e que o conduziram para grandes conquistas ao longo da sua história, construída com o suor de cada policial civil sergipano, no exercício da honra e dignidade, insumos da sua profissão.
Aracaju, dia 18 de julho de 2011
Assessoria de Comunicação
Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (SINPOL Sergipe)